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A viragem para a loiça decorativa >>
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O principio de uma pequena grande empresa
Em 1984, Norberto Domingos Batalha, com os seus 33 anos de idade decidia criar a sua própria empresa, terminando um ciclo de 19 anos como trabalhador por conta de outrém em outras olarias da região de Mafra onde aprendeu toda a arte que agora domina.
No ínicio, embora já trabalhando por conta própria, continuou a fazer trabalhos para as olarias nas quais era antigamente empregado, o que lhe permitiu ter sempre encomendas a fazer, enquanto procurava futuros clientes para a sua empresa.
Nascia assim a Olaria Norberto Domingos Batalha, empresa em nome individual,de cariz familiar e muito pequena empregando apenas uma pessoa para além do próprio dono e de sua esposa.
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Nesta primeira fase todo o trabalho era feito manualmente sem o recurso a qualquer tipo de maquinaria, que neste momento era impossível de adquirir devido ao alto investimento necessário. Assim sendo havia necessidade de recorrer a outras olarias para obter o barro já preparado para trabalhar, bem como para cozer as peças produzidas.
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Durante os 2 anos seguintes a empresa foi mantendo esta forma de trabalhar, mas com a entrada de Portugal para a União Europeia, e principalmente com a disponibilização do fundo social Europeu no país, novos investimentos surgiram trazendo também vantagens para esta pequena empresa, pois a economia estava em pleno crescimento.
Em 1988, é adquirido um forno a gás com cerca de 2 m3, e uma fieira para misturar o barro. Com este novo investimento e novas prespectivas de mercado, é admitida uma nova colaboradora, que vai permitir que todo o processo de fabrico, desde a matéria-prima até ao produto acabado, seja desenvolvido no seio da empresa sem o recurso aos serviços exteriores até agora necessários. A empresa torna-se independente, e novos clientes surgem permitindo à empresa crescer, tornando-se mais produtiva com maior qualidade.
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É de referir que a estratégia adoptada pela empresa desde o inicio, foi a aposta no trabalho artesanal de qualidade, com base na arte e simplicidade do processo de fabrico como característica diferenciadora, enquanto a grande maioria das olarias da região investia em maquinaria, que produzia automaticamente os seus produtos. Esta aposta viria a revelar-se certeira pois embora os principais concorrentes se tornassem mais produtivos, nós mantínhamos um vasto leque de modelos e formas impossíveis de produzir à máquina.
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Nesta altura, em meados de 1990, a loiça tradicional utilitária, e uns pequenos pratos personalizados eram os produtos mais vendidos. A procura era grande e as vendas estavam a bom ritmo proporcionando à empresa uma certa estabilidade permitindo-lhe algum crescimento. A par do aumento das vendas mais colaboradores eram admitidos, e novos investimentos em maquinaria, para preparação do barro, foram concretizados, ou seja o progresso era palavra dominante. Até meados de 1995 esta foi a tónica dominante no seio da empresa.
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Entretanto, as empresas que investiram nos processos mecanizados, vão surgir nesta altura como fortes concorrentes. Possuindo um processo de fabrico mais rápido e mais fácil, o mercado da loiça utilitária começa a procurar o melhor preço em deterimento do produto de fabrico artesanal que devido a esta característica era mais caro.
É nesta altura que a empresa sofre a sua primeira 'crise', pois com a diminuição da procura os cortes são necessários, o número de colaboradores é reduzido de 10 para 6, e uma nova estratégia teve que ser pensada.
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